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Federação Nacional repudia perseguição de policiais penais de São Paulo
23 sindicatos de policiais penais ligados à Federação Nacional Sindical da Polícia Penal manifestam apoio público aos policiais paulistas que vêm sendo perseguidos pelo governo
Os 23 sindicatos de policiais penais ligados à Federação Nacional Sindical da Polícia Penal (Fenasppen) repudiam as atitudes antissindicais, persecutórias e avessas ao Estado Democrático e de Direito adotadas pelo atual secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Marcello Streifinger, e pelo Corregedor da SAP, Sergio Merlo.
O secretário, em uma atitude ilegal e unilateral, proibiu a entrada dos Sindicatos representativos nas carceragens, bloqueando assim o seu legítimo papel fiscalizador das condições de trabalho dos policiais penais paulistas.
Tal direito é resguardado pela Constituição Federal, Estadual e pelo Código Sanitário do Estado de São Paulo e foi atropelado por mera decisão de ofício como se o secretário fosse um ser onipotente e que não devesse respeito às leis e normas vigentes.
Sendo o atual secretário um leigo no assunto de administração prisional, desconhece a importância da atuação sindical para coibir irregularidades e abusos que possam estar sendo praticados dentro das unidades, desconhece o histórico do SIFUSPESP no combate a ilegalidades e conivência com o crime por parte de gestores de unidades e, portanto, presta, um desserviço à administração penitenciária paulista com suas atitudes.
Por sua vez, o senhor Sergio Merlo tem atuado em conjunto com a administração visando tolher a liberdade de expressão e intimidar os trabalhadores da SAP e os dirigentes sindicais do SIFUSPESP.
Meras postagens de apoio à regulamentação imediata da Polícia Penal, cobranças aos governantes para que cumpram seu papel de regulamentar um órgão já incluso nas Constituições Federal e Paulista têm rendido apurações disciplinares e processos administrativos. Denúncias de falta de pessoal comprovadas em boletim de ocorrência e, portanto públicas, resultaram em processos administrativos em desfavor do Presidente e do Secretário-Geral do Sifuspesp e curtidas em postagens nas redes sociais têm rendido apurações preliminares em uma demonstração de autoritarismo digna das piores ditaduras.
Frente a esta série de absurdos, que tem a conivência do governo Tarcísio de Freitas, declaramos todo o nosso apoio aos Diretores do Sifuspesp, aos policiais penais e demais trabalhadores do sistema prisional de São Paulo, que, além de enfrentarem o crime organizado, sofrem com a falta de pessoal, os baixos salários e com a tentativa de calar suas vozes.
Como o maior sindicato de policiais penais do Brasil, o SIFUSPESP sempre foi fundamental em nossas lutas e um ataque a ele e a seus diretores é um ataque a todos os policiais penais do Brasil.